Artesanato mineiro: raízes coloniais e tradição
- Ceart
- há 11 horas
- 1 min de leitura

O artesanato mineiro é muito mais do que a produção de peças manuais: ele é um elo vivo com a história do Brasil e com as tradições que se formaram desde o período colonial. Minas Gerais, nascida entre serras, igrejas barrocas e vilas de mineração, se tornou o berço de expressões artísticas que até hoje marcam a identidade cultural do estado.
Durante os séculos XVII e XVIII, o ouro e os diamantes atraíram para a região uma grande diversidade de povos e culturas. Portugueses, africanos escravizados e indígenas compartilharam saberes, técnicas e símbolos que se transformaram em linguagens próprias de criação. Nesse contexto, o artesanato floresceu como expressão cotidiana, seja em objetos utilitários, seja em peças de caráter religioso e decorativo.
A madeira, o barro, a pedra sabão e as fibras naturais foram matérias-primas centrais. Nas mãos dos artesãos coloniais, esses materiais deram forma a santos entalhados, utensílios domésticos e obras que hoje são símbolos da cultura mineira. O barroco, presente nas igrejas e na arte sacra, também inspirou o artesanato popular, criando um diálogo entre a estética erudita e a simplicidade das tradições manuais.
Mais do que objetos, cada peça carrega a memória de uma época em que a arte se confundia com o cotidiano. É nesse encontro entre história e identidade que o artesanato mineiro encontra sua força: preservar raízes coloniais sem deixar de se reinventar no presente.
O Ceart tem como missão valorizar e divulgar essa herança, aproximando o público da riqueza cultural de Minas Gerais. Ao reconhecer o passado, abrimos espaço para que novas gerações de artesãos continuem escrevendo a história dessa tradição viva.
Comentários