Artesanato e sustentabilidade: quando a arte respeita a natureza
- Ceart

- 7 de jul.
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O artesanato é uma das formas mais autênticas de expressão cultural, e em Minas Gerais ele ganha contornos únicos: é identidade, tradição e também respeito à natureza. Em tempos em que a sustentabilidade se tornou pauta urgente, o fazer artesanal mineiro mostra que é possível aliar beleza, funcionalidade e consciência ambiental.
Ao transformar matérias-primas naturais — como o barro, o capim-dourado, a madeira reaproveitada, a palha de milho ou o algodão cru — em peças que encantam e contam histórias, artesãos e artesãs de Minas perpetuam técnicas seculares sem agredir o meio ambiente. Muitas vezes, os materiais utilizados são de origem local, colhidos de forma responsável ou reaproveitados, reduzindo impactos e fortalecendo a economia circular.
Mais do que objetos, o artesanato sustentável carrega valores: o tempo da feitura, o cuidado com os detalhes, a sabedoria passada entre gerações. Em regiões como o Vale do Jequitinhonha, por exemplo, o barro das bonecas é extraído com critério, e a queima das peças segue técnicas que minimizam o uso de recursos e evitam desperdícios. Já no Campo das Vertentes, o tear manual ainda produz tecidos sem qualquer interferência industrial, preservando o ritmo da natureza e do humano.
Optar por um produto artesanal é, portanto, fazer uma escolha consciente. É valorizar o saber local, estimular a economia de pequenas comunidades e incentivar práticas que respeitam o meio ambiente. Em Minas Gerais, o artesanato não é só arte: é uma forma de resistência cultural e um gesto de cuidado com o planeta.





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